Avalanche de produtos importados, principalmente do país asiático, mina a competitividade da indústria nacional
Com a balança comercial no vermelho desde 2006, a corrente de comércio do setor têxtil em 2010 permanecerá desequilibrada e, mais uma vez, desfavorável à indústria nacional. Os planos de crescimento do setor esbarram na falta de mercado no exterior e na concorrência interna com capital estrangeiro, sobretudo chinês. A expansão do faturamento da indústria têxtil e de confecções neste ano deve ser da ordem de 7,5% em relação ao exercício passado, atingindo US$ 51 bilhões. Se as compras externas fossem controladas, a receita do segmento seria US$ 1,53 bilhão a mais, e o avanço sobre 2009, de 10,5%, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho.
Os gargalos e as oportunidades do setor foram tema da reunião da Federação Internacional da Indústria Têxtil (ITMF, sigla em inglês), que reuniu empresários e representantes do setor de todo o mundo.
A avalanche de importações do continente asiático majoritariamente da China, e o câmbio valorizado, são apontados como os principais fatores que minam a competitividade da indústria nacional. O Brasil deverá exportar este ano US$ 1,7 bilhão em produtos têxteis e de confecções, retornando ao nível de 2008 e crescendo frente a 2009, quando os embarques somaram US$ 1,2 bilhão. Porém, só de produtos chineses o país recebeu e 2009 US$ 1,3 bilhão e com perspectivas de aumento este ano.
Fonte: Diário do Comércio. Adaptado. Outubro de 2010.
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