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Cores da floresta



Muita gente desconhece o impacto ambiental gerado pelo tingimento de suas roupas. Os corantes usados em escala industrial costumam ser sintéticos e geram resíduos potencialmente tóxicos. Pesquisas recentes mostram que a produção de corantes naturais é uma alternativa viável e mais segura ambientalmente.
A pesquisadora Ticiane Ross, da Universidade de São Paulo (USP), desenvolveu corantes têxteis a partir do resíduo da produção de óleo essencial de folhas e galhos de eucalipto. A produção desses corantes renováveis requer menos água e impacta menos o ambiente em comparação aos agressivos corantes sintéticos.  “Mas há corantes naturais que podem causar danos à saúde. Portanto, não podemos generalizar acreditando que uma substância seja 100% inócua. É preciso analisar cada caso”, esclarece Rossi.
Ao longo da história do tingimento, corantes naturais de procedência vegetal e animal foram largamente utilizados, como o vermelho do urucum e a brasilina, extraída do pau-brasil. No final do século 19, os corantes sintéticos substituíram quase totalmente os naturais, mas hoje estes voltaram a ganhar espaço, visando reduzir os danos à saúde e ao ambiente.
Ao corante natural podem ser adicionadas substâncias como sulfato de ferro e alumínio, que ajudam a fixação da cor no tecido e permitem maior versatilidade nas cores obtidas, que variam entre cinza, marrom e ocre.
Em parceria com uma empresa, Rossi prepara esses corantes para aplicação comercial. Os custos de produção ainda são maiores do que os dos corantes sintéticos. Porém, além do processo sustentável, a procedência natural do produto agrega valor à peça tingida. “Torna-se uma alternativa para um público que não se importa em pagar um pouco mais em troca de um produto com viés ecológico. O mercado de corantes naturais para aplicação têxtil é voltado a esses consumidores”, aposta Rossi.

Fonte: Revista Ciência Hoje, abril de 2012. Adaptado.
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